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Teocentrismo da filosofia medieval

Teocentrismo da filosofia medieval
Teocentrismo da filosofia medieval
Anonim

O teocentrismo da filosofia medieval é uma imagem do mundo em que Deus era a causa e o centro do ser, seu princípio ativo e criativo. A filosofia do período dos séculos VI a XV tinha uma pronunciada orientação religiosa-cristã.

Etapas do desenvolvimento da filosofia medieval:

1) Apologética

Estágio pré -ocentrico II - IV séculos d.C. Nessa época, apareceu a primeira literatura cristã, na qual o cristianismo era defendido e justificado.

Um brilhante representante desse estágio, Tertuliano de Cartago, acreditava que a fé cristã já continha uma verdade pronta que não precisava de verificação ou evidência. O princípio básico de seu ensino é "eu acredito, porque é um absurdo". Nesta fase, ciência e religião não tinham um ponto em comum.

2) Patrísticas

Teocentrismo inicial da filosofia medieval, século IV-VIII. Nessa época, os pais da igreja desenvolveram os fundamentos do dogma cristão. A fé era considerada o fundamento inicial de qualquer conhecimento, e o conhecimento de Deus era o único objetivo digno para a mente humana.

Aurelius Augustine (Santo Agostinho), as principais obras - "Sobre a cidade de Deus", "Confissão". Em seus escritos, o filósofo tentou sintetizar o antigo racionalismo-idealismo e a fé cristã, colocando a fé em primeiro plano. O princípio básico do ensino: "Eu acredito para entender."

Todas as coisas, segundo Santo Agostinho, são boas exatamente porque existem. O mal não é uma substância separada, mas uma deficiência, dano, inexistência. Deus é uma fonte de bem, sendo a mais alta beleza.

Aurelius Augustine é considerado o fundador da filosofia da história. Segundo ele, no processo da história, a humanidade formou duas “cidades” opostas: um estado secular, que é o reino do pecado, o diabo e a igreja cristã - outra “cidade”, que é o reino de Deus na Terra. O curso histórico e a providência de Deus levam a humanidade à vitória final do reino de Deus, como é ordenado na Bíblia.

3) Escolasticismo

Do grego. "Escola", "cientista" - séculos IX - XV. A principal característica desse período é o apelo a métodos racionais ao considerar objetos superracionais, a busca por evidências da existência de Deus. O principal princípio do escolasticismo: "compreendo acreditar". A teoria das "duas verdades" está sendo formada, segundo a qual ciência e fé não se contradizem, mas coexistem harmoniosamente. A sabedoria da fé é o desejo de conhecer a Deus, e a ciência é o meio para esse conhecimento.

Um proeminente representante dos escolásticos é Thomas Aquinas (Aquino). Ele acreditava que Deus é a causa raiz e o objetivo final de todas as coisas, uma forma pura, um ser puro. A fusão e unidade de forma e matéria dá origem a um mundo de fenômenos individuais individuais. A ocorrência mais alta é Jesus Cristo, que combina a pura natureza divina e a forma material-corporal.

Em muitos termos, Tomás de Aquino convergiu com os ensinamentos de Aristóteles.

No estágio do escolasticismo, ciência e religião se fundiram em uma doutrina, enquanto a ciência atendia às necessidades da religião.

Os princípios da filosofia medieval:

1) O teocentrismo da filosofia medieval repousava na fusão com a religião e apoiava o comportamento cristão no mundo.

2) A Bíblia foi considerada a fonte de todo conhecimento sobre o mundo, a natureza e a história da humanidade. Com base nisso, surgiu toda uma ciência sobre a interpretação correta da Bíblia - exegética. Consequentemente, a filosofia medieval, o teocentrismo, eram inteiramente exegéticos.

3) Edificação. O treinamento e a educação eram valiosos somente quando visavam conhecer a Deus e salvar a alma humana. O treinamento foi baseado no princípio do diálogo, erudição e conhecimento enciclopédico do professor.

4) O teocentrismo da filosofia medieval era desprovido de ceticismo e agnosticismo. Instruções e revelações divinas podem ser conhecidas através de idéias, através da fé. O mundo físico foi estudado através da ciência, e a natureza divina através de revelações divinas. Duas verdades principais foram distinguidas: divina e mundana, que o teocentrismo da filosofia medieval combinou simbioticamente. A salvação pessoal e o triunfo das verdades cristãs se estabeleceram em uma escala universal.