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Jornalista Elena Tregubova: biografia e criatividade

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Jornalista Elena Tregubova: biografia e criatividade
Jornalista Elena Tregubova: biografia e criatividade
Anonim

Elena Tregubova é conhecida por todos que há muito tempo acompanham o jornalismo e a política russos. Este jornalista, que trabalhou na época nas publicações Nezavisimaya Gazeta, Today e Russian Telegraph, conseguiu escrever o aclamado livro The Kremlin Digger Tales. Foi esse fato que atraiu a atenção dos políticos e do público.

Dados biográficos

Elena Tregubova nasceu em 24 de maio de 1973 em Moscou. Na direção do jornalismo, a escolha foi feita em 1991. Segundo Elena, os jornalistas estavam sempre em oposição ao governo existente e isso lhes permitia ser heróis do povo. Obviamente, essa visão da situação inspirou o futuro escritor e jornalista.

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Como resultado, Elena Tregubova se formou com sucesso na Faculdade de Jornalismo da Universidade Estadual de Moscou. Tendo iniciado sua carreira na Nezavisimaya Gazeta, ela finalmente chegou à famosa publicação Komersant, enquanto tinha tempo, entre os trabalhos em jornais, para testar sua força no rádio Deutsche Welle.

Atenção também merece o fato de Elena Tregubova ser membro do serviço de imprensa do Kremlin de 1997 a 2001. Essa é a chamada piscina do Kremlin, que na verdade era uma comunidade de jornalistas credenciados pelo Presidente da Federação Russa.

Graças a essa atividade, Elena conseguiu entrevistar muitas pessoas importantes que trabalhavam no governo, incluindo Vladimir Putin e Anatoly Chubais.

A origem do conflito

Segundo as opiniões de Elena Tregubova, um jornalista deve agir no interesse do povo e não ser um defensor do poder desonesto. Foi esse aspecto de sua visão de mundo, que freqüentemente encontrou expressão em artigos, que levou à perda de lealdade por parte da elite política do país.

Logo, o porta-voz presidencial parou de deixar Elena participar de briefings oficiais dos quais outros correspondentes poderiam comparecer. A jornalista de seu livro "Tales of the Kremlin Digger" afirma que Gromov nomeou a iniciativa pessoal de Putin como a razão das constantes recusas. Ele explicou uma reação semelhante pelo descontentamento do presidente com a situação quando Elena Tregubova perguntou a ele sobre as relações com Boris Berezovsky.

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O resultado de avaliações ousadas da atividade do Kremlin foi a exclusão de Tregubova da lista de jornalistas credenciados para trabalhar com a administração presidencial. Isso aconteceu com Vladimir Putin em 2001.

História do Assassinato

Elena Tregubova é uma jornalista que não gosta de fechar os olhos para as ações ilegais do governo, na sua opinião. É por esse motivo que ela decidiu apresentar ao público informações comprometendo as autoridades na forma do livro “Contos do Escavador do Kremlin”.

Como resultado, quatro meses após a publicação, em fevereiro de 2004, o escritor recebeu um telefonema de um homem que se apresentou como funcionário do Aeroporto Sheremetyevo. Segundo ele, ele teve que entregar um pacote a Elena Tregubova e, por isso, pediu o endereço onde poderia ser entregue. O jornalista recusou-se a fornecer essas informações, após o que o interlocutor desligou. Após 2 de fevereiro, ocorreu uma explosão perto da porta do apartamento em que o escritor morava. Especialistas descobriram que era um dispositivo explosivo improvisado. Depois disso, Elena Tregubova, cuja foto apareceu nos comunicados à imprensa, percebeu que estava em perigo.

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Quanto aos investigadores da promotoria inter-distrital de Tver, eles não consideraram necessário iniciar um processo criminal, definindo o que aconteceu como um ato de hooliganismo.

Tentativas de silenciar o incidente

Apesar de o gabinete do promotor não considerar necessário vincular a vigorosa atividade de Tregubova e a explosão perto das portas de seu apartamento, a própria jornalista tomou a iniciativa de prestar depoimento oficial mais de uma vez. Mas as agências policiais não demonstraram interesse recíproco.

Mas, diferentemente da polícia e do Ministério Público, a mídia nacional e mundial descreveu esse incidente como uma tentativa de matar um jornalista, como resultado da qual a explosão ganhou um novo status. Elena Tregubova foi convocada para interrogatório no departamento de polícia. Mas o caso nunca foi instaurado.

A própria jornalista acreditava que a recusa da polícia em obter provas dela e o subseqüente desconhecimento do real motivo do início do processo indicam indiretamente envolvimento na tentativa das autoridades. Ela também associou o fato da explosão ao fato de que, no dia anterior, durante a entrevista, ela falou sobre o trabalho em um segundo livro com conteúdo não menos provocativo. Segundo o jornalista, esse fato pode não ter agradado as autoridades e elas reagiram com severidade.

Mais tarde, porém, já em entrevista ao jornal Komersant, Tregubova mudou sua própria atitude diante da situação, expressando suas dúvidas sobre o envolvimento na explosão de serviços especiais. Ela acreditava que Putin não estava interessado em tais incidentes na véspera da eleição.

Ao contrário da avaliação geral da explosão que soou na mídia, o jornal Moskovsky Komsomolets publicou um artigo afirmando que toda a história da explosão nada mais era do que um movimento de publicidade destinado a elevar a classificação do livro publicado "Kremlin Digger Tales".

Ao mesmo tempo, o próprio jornal definiu o livro como um produto literário medíocre e classificou o fato de sua publicação como uma conseqüência do trabalho dos apoiadores de Boris Berezovsky. O artigo também afirmava que os policiais realizaram uma pesquisa com Tregubova imediatamente após a explosão.

Primeiro livro

Foram Os Contos do Escavador do Kremlin que marcaram o início de uma carreira de escritora na qual Elena Tregubova decidiu se encontrar. As fotos do jornalista intransigente se tornaram reconhecíveis, uma vez que o livro publicado em 2003 era mais do que popular entre os leitores russos.

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O fato de o trabalho de Elena ter sido incluído na lista de mais vendidos pode ser explicado por uma apresentação bastante ousada da história de suas atividades como correspondente do Kremlin e pelas críticas à elite política da Rússia. Em seu livro, ela descreve o controle estatal da mídia gravada por ela. Tregubova se manifesta abertamente contra o regime de Putin, enfatizando o fato de censura, pressão sobre a liberdade de expressão e tendências autoritárias.

Uma certa parte dos críticos literários falou negativamente sobre o livro. Na opinião deles, o jornalista apresentou ao leitor uma avaliação subjetiva da situação, enfatizando também a falta de fundamento do autor, na opinião deles, de que eles estavam certos.

Fatos interessantes

No primeiro livro de Elena Tregubova, o governo é comparado com mutantes, criaturas que têm uma natureza diferente e desumana. O livro em si começou a ser distribuído ativamente antes mesmo de ser publicado oficialmente, na forma de fotocópias. Depois que foi colocado à venda, os leitores esgotaram todas as cópias, das quais havia 300 peças.

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Posteriormente, mesmo na Itália, este livro foi distribuído. “Elena Tregubova“ Mutantes do Kremlin ”- foi nesse design que o produto de um jornalista conhecido atingiu os espaços abertos do mercado italiano de livros em 2005. A marcha da história do Kremlin na Europa não parou por aí, e em 2006 o livro foi publicado em alemão (Die Mutanten des Kremls). Para trabalhar com a criação de Tregubova levou a editora Tropen Verlag.

Em geral, a posição do autor foi aceita pelo leitor europeu. O Berliner Zeitung, por sua vez, observou que o livro pode ser descrito como uma obra-prima que revelou o estado real dos mecanismos de poder na Rússia.

A própria Tregubova alegou ter recebido uma proposta de Hollywood referente à escrita do roteiro, que deveria ter sido baseada nos fatos de seu livro.

Comentários da mídia doméstica

Os livros de Elena Tregubova, de acordo com representantes da mídia russa, provocaram uma reação negativa do Kremlin, especialmente daqueles que foram mencionados na história. Os meios de comunicação também divulgaram informações de que Tregubov foi colocada na chamada conta especial, identificando-a como jornalista, que era censurável às autoridades.

Em novembro de 2003, o canal NTV até preparou uma grande história diretamente relacionada a Tregubova e seu conflito com a administração do presidente Vladimir Putin. Mas a trama não chegou ao ar. De acordo com a iniciativa pessoal do diretor geral da empresa, ele foi removido pouco antes do show.

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Posteriormente, essa ação foi definida como uma manifestação de censura política. Foi assim que várias figuras públicas reagiram ao diretor geral, incluindo o próprio Fedotov - secretário do Sindicato dos Jornalistas da Rússia.

Resposta do governo

Tregubova Elena Viktorovna, cuja foto personificada pelo leitor russo criticou o governo, é claro, não causou emoções positivas entre os representantes do Kremlin, principalmente após a publicação do livro.

Além do fato de Elena Tregubova ter que deixar Komersant (a editora-chefe mais tarde admitiu o fato de pressão), uma entrevista com ela, que estava nos arquivos da NTV, foi posteriormente retirada. Embora anteriormente este canal fosse conhecido por sua posição crítica.

Em outras palavras, representantes da administração presidencial deixaram claro que não gostavam tanto do artigo quanto do livro. O resultado dessa reação das autoridades foi o novo livro de Elena Tregubova "Adeus ao escavador do Kremlin".

Discurso oficial

Algum tempo depois, a jornalista russa voltou a se lembrar. Isso aconteceu imediatamente após o assassinato de Anna Politkovskaya. Cinco dias após esse evento, Tregubova publicou uma carta aberta a Angela Merkel no jornal alemão Zeit.

A carta foi chamada "Silêncio é cumplicidade". Nele, o jornalista culpou o presidente da Rússia pelo assassinato de Politkovskaya, e também expressou reclamações às autoridades russas sobre a violação dos direitos humanos e o julgamento da liberdade de expressão. Tregubova também pediu ao chanceler alemão que influenciasse a situação na Rússia - para ajudar a impedir a eliminação estável da mídia livre e a violar os direitos dos cidadãos russos.

Após essa iniciativa, segundo o escritor, perto de sua casa, era possível notar duas pessoas que a observavam diariamente.

Imigração

Percebendo que dentro do país ela não era capaz de ter um impacto tangível sobre a situação, Elena Tregubova deixou a Rússia e partiu para a Inglaterra.

A idéia de mudar teve um desenvolvimento mais concreto depois de março de 2007, durante o interrogatório de Boris Berezovsky, representantes da promotoria estavam interessados ​​na personalidade de Tregubova. O interrogatório foi relacionado ao caso Litvinenko. Berezovsky considerava essas questões uma ameaça potencial ao jornalista.

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Foi então que Elena Tregubova fez uma escolha a favor de se mudar para a Inglaterra. Onde ela mora agora não é um segredo. O escritor leva uma vida ativa no Reino Unido, tendo o status de emigrante político.

Vale ressaltar que já na Europa ela não parou de entrevistar e em artigos exigindo que as autoridades prestassem atenção aos métodos rigorosos da elite política da Federação Russa.