Nas profundezas da civilização chinesa antiga, nasceram não apenas muitas coisas do mundo material (pólvora, papel etc.), mas também categorias do mundo das idéias, postulados filosóficos e dogmas religiosos.
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Cinco séculos aC, juntamente com o confucionismo e o budismo chan, um curso do pensamento humano como o taoísmo tomou forma. As principais idéias resumidas em seu texto canônico - "Tao Te Ching" - tornam-se periodicamente relevantes para grandes grupos de pessoas em momentos diferentes, em diferentes países.
As origens dos ensinamentos
A doutrina do Tao é um dos fenômenos mais misteriosos e misteriosos da história. Discursos, alegorias, ambigüidades estão cheios de discursos de sábios taoístas, mitos e lendas cercam a história do surgimento do taoísmo.
Os chineses consideram Huang Di, o Imperador Amarelo, o primeiro ancestral, o ancestral que lançou as bases de muitas dinastias poderosas. Alegadamente, os fatos históricos de sua vida também foram preservados, seu túmulo existe, mas apenas parte do manto está nele, e o próprio Juan Di ganhou a imortalidade. Entre tudo o que o imperador amarelo deu aos chineses e as idéias da filosofia do taoísmo.
Nas origens dos ensinamentos havia outro personagem mítico da história chinesa - Lao Tzu. É ele quem é considerado o autor de "Tao De Ching" - aquele tratado poético em que o taoísmo encontrou as idéias e conceitos básicos. A descrição da vida terrena de Lao Tzu é fantástica e parece uma coleção de lendas e contos.
Biografia da divindade
A história de vida de outro grande professor - Confúcio - é conhecida literalmente ao longo dos anos. Lao Tzu é considerado seu mais antigo contemporâneo, há evidências de historiadores antigos sobre seu encontro pessoal em 517 aC. Sendo meio século mais velho que Confúcio, o sábio o repreendeu pela atividade social excessiva que mostrava, pregando o taoísmo, as idéias básicas, cuja filosofia nega interferência na vida pública. Em outros eventos, a biografia desse antigo sábio chinês perde a realidade.
Sua mãe o concebeu engolindo uma rocha de cristal de rocha, e ela a suportou por 80 anos, tendo dado à luz em 604 aC. um velho sábio. O nome Lao Tzu é ambíguo, também significa "bebê velho". Sua sabedoria tomou forma ao longo dos anos de serviço no depósito imperial de livros. A decepção na vida circundante levou o ancião à reclusão. Ele mudou de nome, evitando a atenção dos outros. Ele foi chamado Li Er, Lao Dan, Lao Lai-tzu e no final decidiu deixar a China "tendo ido para o Ocidente".
Contabilidade
Essa expressão - "vá para o Ocidente" - significava morte naqueles dias, mas a descrição da jornada de Lao Tzu contém detalhes que lhe dão uma sensação de verdadeira peregrinação. Ele montou em um búfalo preto e foi parado na fronteira por um guarda que pediu ao sábio para compartilhar seu conhecimento. O sábio ditou ou escreveu "Tao Te Ching" ("O Livro de Tao e Te") - uma obra em que as principais idéias que definem o taoísmo são breves, mas sucintamente, estabelecidas em oitenta e um versos.
Antes disso, Lao Tzu não expressou suas opiniões por escrito. A aparência de "Tao Te Chin" é explicada pelo fato de o sábio querer contribuir para uma maior disseminação de suas teorias. Ele queria criar uma alternativa ao confucionismo cada vez mais popular. O fundador do taoísmo não concordou com a introversão inerente aos ensinamentos de Confúcio, uma orientação externa. Lao Tzu negou a primazia do poder, a importância dos rituais e tradições na vida humana. Isso não poderia deixar de causar uma atitude negativa por parte das autoridades.
Existem versões surpreendentes sobre o futuro destino do grande velho. Segundo um deles, ele se aposentou no Tibete, onde se tornou o fundador do lamaísmo e, segundo outro, foi para a Índia. Lá, ele milagrosamente contribuiu para o nascimento de Gautama, ou mesmo ele próprio era o Buda Shakyamuni. Existem até lendas sobre as viagens de Lao Tzu para os lugares onde a Rússia apareceu posteriormente.
O conceito de pedra angular - Tao
O conceito de Tao é frequentemente vago e indefinível, mesmo para quem professa taoísmo. As principais idéias são brevemente descritas por esta fórmula de Lao Tzu: "O Tao dá origem a um, um dá origem a dois, dois dá origem a três e três dão origem a todas as dez mil coisas".
Ou seja, o Tao é o começo dos começos, uma comunidade absoluta que está em movimento perpétuo, como a água, enchendo tudo neste mundo. Este é o caminho, o caminho, o destino, a lei. Tudo no homem e em todo o cosmos é um produto do Tao, não pode ficar sem ele sem ele.
Existem dois Tao. Um - Tao sem nome - tem uma imagem visual de um dragão ou de uma cobra devorando sua cauda. Este símbolo, popular em muitas culturas, significa um ciclo imparável e eterno, o movimento na espiral do tempo. Perceber seu significado e propósito não é dado ao homem. Seu destino é o Tao com o nome - como uma pequena escala na pele de um dragão - a essência de sua existência última na terra. E o principal para cada pessoa é fundir-se com o Tao, tornar-se parte do eterno movimento universal.
Interconexão de conceitos
Coisas e fenômenos que fazem parte do Tao carregam o poder macio, passivo, sombrio e feminino de Yin, contêm o poder ativo, sólido, brilhante e masculino de Yang, estão saturados com a energia Chi. Qi, Yin, Yang, a interação dessas forças, o equilíbrio desses princípios na natureza animada e inanimada, determina o curso de todos os processos da vida. Eles também são conceitos fundamentais do taoísmo.
A prática da medicina oriental, a ginástica de qigong, baseia-se na regulação da interação de Yin e Yang, a saturação do qi com energia cósmica.
Essas interações são a base da doutrina da organização do ambiente humano - Feng Shui. Algumas escolas de taoísmo não reconhecem esse ensino por causa do postulado de que é impossível aplicar regras gerais para diferentes partes do espaço e a individualidade especial de cada pessoa, a singularidade de seu caminho.
Atitude em relação ao poder e o princípio da "não-ação" Wu-wei
Na questão das relações com o poder e o Estado, uma diferença especial é identificada entre conceitos como confucionismo e taoísmo. As idéias principais podem ser resumidas na forma de uma hierarquia de governantes, com base na avaliação de suas atividades na escala de valores taoístas.
O melhor dos governantes é aquele sobre quem eles sabem que ele é - e nada mais. O segundo é aquele que é amado e admirado. Eles têm medo do terceiro. O pior é aquele que é desprezado. Se tudo estiver bem no país, talvez você não saiba quem está no comando. Esta versão das relações públicas é extremamente inconveniente para as autoridades.
Essas conclusões se seguem de outro dogma importante do taoísmo - o princípio da "não-ação" (em chinês - "U-wei"). Para alguns cientistas, outra tradução parece ser mais correta - não intervenção. Causa menos associações com não fazer nada, com preguiça, que também são um pecado na China. Mas a essência é a seguinte: o objetivo do homem e do imperador não é interferir com suas ações para se fundir com uma essência superior - o Tao, que por si só determina todo o curso dos eventos.